Missionários na Amazónia dão testemunho missionário em Portugal

Dois missionários da Consolata que trabalham na Missão Catrimani (Roraima), na Amazónia brasileira, vão estar em Portugal para uma série de conferências e testemunhos missionários. Um deles participou no Sínodo sobre a Amazónia

O padre Corrado Dalmonego, missionário da Consolata (IMC) italiano, a trabalhar há 11 anos na missão de Catrimani (Roraima, Brasil), e o irmão Carlo Zacquini, também IMC, há já 50 anos na mesma missão, na Amazónia brasileira, vão estar em Portugal entre os dias 22 e 25 deste mês de novembro para um ciclo de conferências, encontros e testemunhos. Estas iniciativas vão ter lugar em ambientes universitários, paroquiais e junto de outras entidades.

O padre Corrado, um dos intervenientes, tem a particularidade de ter participado, como ouvinte, no recente Sínodo sobre a Amazónia, que decorreu no Vaticano entre os dias 6 e 27 de outubro.

Tanto o padre Corrado como o irmão Carlo, participaram em algumas das iniciativas da chamada ‘Casa Comum’, que consistiu numa série de encontros, mostras, tertúlias, celebrações, que decorriam em Roma enquanto o Sínodo decorria. Foi o caso de um congresso missionário, organizado pelos Missionários da Consolata.

Desta vez, promovidas pelo Centro Apostólico Formativo (CAF), dos Missionários da Consolata, em colaboração com outras entidades, a presença deste dois missionários em Portugal abre-se ás seguintes iniciativas e respetivo programa:

22 de novembro, 11h30 -12h45 | “A Igreja na Amazónia: Testemunhos”; conferência na Faculdade de Teologia da UCP (auditório 3), Lisboa.

23 de novembro, 09h30 | “Novos Caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”; encontro organizado com a Rede Cuidar da Casa Comum (Centro Cultural Franciscano, Largo da luz, 11, Lisboa) – Saber mais sobre este encontro, em concreto, AQUI.

24 de novembro, 15h00 | “Novos Caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”; Paróquia de Rio de Mouro

25 de novembro, 18h00 | POR DENTRO DO SÍNODO DA AMAZÓNIA; Da génese às conclusões, um ensaio prático – À conversa com o Padre Sinodal Corrado Dalmonego e o Missionário Carlos Zacquini que trabalham com os povos indígenas Yanomami. Moderação de Luís Larcher | Universidade Lusófona (Auditório José Araújo), em Lisboa. Aberta ao público.

Notas biográficas:
Breves notas biográficas do padre Corrado Dalmonego e do irmão Carlo Zacquini:

CORRADO DALMONEGO é padre missionário da Consolata e antropólogo. Nasceu no distrito de Mântua (Itália) em 1975, tendo amadurecido a sua formação na própria família e no contacto com os grupos juvenis da sua paróquia, numa associação de Comércio justo e solidário e no Centro missionário diocesano.
Tendo-se formado como especialista industrial, após uma experiência de trabalho iniciou a sua formação nos missionários da Consolata, em 1999.
Depois de um ano de serviço na Missão do Catrimani, na Amazónia brasileira (2002-2003), fez a sua profissão religiosa em 2004.
Seguidamente, obteve a Licenciatura em Teologia e Ciências das Religiões, em São Paulo, Brasil, e regressou à Missão de Catrimani, em 2008, tendo recebido a ordenação presbiteral em 2010.
Para servir melhor a missão, deu forma aos conhecimentos adquiridos em contacto com o povo Yanomami, com quem está há quase 12 anos, concluindo em 2015 o mestrado (master) em Ciências Sociais com a especialização em Antropologia.
Nestes últimos anos, no âmbito das iniciativas do Projeto Pastoral da Missão, o padre Corrado dedicou-se particularmente à formação de jovens e líderes indígenas sobre temáticas relacionadas com a educação, os direitos, a proteção do território, as políticas públicas, a valorização do património cultural dos Yanomami que, com paciência e generosidade, lhe ensinaram a sua língua.

CARLO ZACQUINI, italiano, nasceu em Varallo Sesia (Vercelli) em 03 de maio de 1937. É irmão missionário da Consolata desde 02 de outubro de 1957. Trabalhou na Itália até finais de 1964. Em fevereiro de 1965 foi para o Brasil, com a incumbência de montar uma escola Professional e ali dar aulas. Desde maio de 1965 teve contato com um grupo de indígenas Yanomami isolados e desde janeiro de 1968 passou a trabalhar no meio deles.
Foi, em 1978, um dos fundadores da Comissão pela Criação do Parque Indígena Yanomami (CCPY), e membro do conselho diretor da mesma, por muitos anos. Foi também coordenador, por vários mandatos, da Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima. Está encarregado pelos Missionários da Consolata, da criação de um Centro de Documentação Indígena em Boa Vista.