O projeto anual dos Missionários da Consolata em Portugal para 2024 pretende reunir fundos para reabilitar um anfiteatro em Massangulo. O espaço deverá tornar-se num local de formação, aprendizagem e de manifestação de diversas expressões artísticas, contribuindo para o enriquecimento formativo e cultural de toda uma comunidade
Texto: Juliana Batista
A congregação religiosa dos Missionários da Consolata acaba de lançar a companha ‘Arte de bem fazer’, com o propósito de angariar fundos para a reabilitação de um anfiteatro em Massangulo, Moçambique. Ao longo de gerações, aquele anfiteatro “serviu como espaço de intercâmbio cultural, foi um local de diálogo inter-religioso e de cultivo dos dons e talentos dos mais jovens”, mas “desde há muito, que se encontra em total declínio e abandono”, lamenta João Nascimento, sacerdote missionário da Consolata presente em Moçambique.
O anfiteatro “é propriedade da paróquia de Massangulo”, e deseja-se que após as obras executadas com as doações, possa servir para a “realização de diversos programas formativos, debates e intercâmbios culturais”. “Os alunos de Massangulo, e não só, terão aí uma mais-valia para explorarem a sua criatividade cénica e expressividade coreográfica. O espaço também poderá ser usado para a projeção de filmes e documentários, assim como para a realização de concursos artísticos”, destaca João Nascimento, que lamenta ainda o facto de naquela província – Niassa – “não abundarem os espaços culturais de qualidade”.
“Da nossa parte o desafio será tornar Massangulo como um centro de referência cultural a nível da diocese e da província para podermos promover a criatividade e a inovação. Contamos com a colaboração de todos quantos acreditam que a valorização e divulgação da cultura é um dos caminhos essenciais para a paz e uma condição imprescindível para o anúncio e enraizamento do evangelho. O anfiteatro vai ser um espaço para todos: um lugar de encontro, um espaço multifacetado com benefícios inquestionáveis na descoberta de novos talentos, convívio multiétnico e valorização da atividade missionária”, realça o sacerdote.