Act 8, 5-17; 1Pe 3, 15-18; Jo 14, 15-21
“Se alguém me ama, guardará a minha Palavra, Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada”. Não há palavra mais consoladora do que esta: poder ser morada de Deus, aqui e agora. Compreenderam-na os Apóstolos que a viveram e anunciaram. Compreendeu-a o diácono Filipe através do seu trabalho missionário na Samaria. As multidões aderiam à sua palavra, convertiam-se ao Senhor e cresciam na alegria e entusiasmo. As Samarias do nosso tempo esperam pelo nosso anúncio missionário, feito de vivência da Palavra e do nosso amor a Deus. Que o Espírito de Jesus se manifeste a cada um de nós para que nos sintamos amados pelo Pai e enviados ao mundo que ainda não O conhece.
É o nosso Consolador – Os textos destes domingos falam-nos abertamente do Espírito Santo como de Alguém que dá luz e inteligência, fortaleza e sabedoria. E é verdade. Mas o homem não precisa só de luz e de fortaleza, precisa também de consolação. Por que será que nos nossos cansaços e abatimentos, nos nossos medos e depressões recorremos tão pouco a este Consolador? Foi o próprio Jesus que no-lo indicou como solução para tantas inquietações. “Vinde a mim todos os que andais cansados e oprimidos… e Eu vos aliviarei”. “Vem, Espírito Consolador. Na dor e aflições, vem encher de gozo os nossos corações”.
É o Espírito da missão – O Espírito Santo que Jesus nos prometeu é divina intimidade, feito amor e presença. É o nosso advogado, defensor e consolador nas provas da vida. Mas é também força e audácia na difusão da Palavra de Cristo ressuscitado. É o continuador da sua missão. É o nosso divino companheiro de missão. É a fidelidade de Deus junto dos homens. É a garantia de que as palavras de Jesus não serão esquecidas, porque alguém no-las recorda constantemente. Precisamos todos de esperança, de audácia e criatividade. Com o sopro que nos vem de Deus, faremos coisas novas. Desça sobre nós, Senhor, o teu Espírito Santo renovador.
Darci Vilarinho