O moçambicano Augusto Faustino afirma estar “muito contente” por estar prestes a dar “toda” a sua vida para a missão.
Augusto Faustino, Missionário da Consolata moçambicano de 29 anos, vai fazer a profissão dos votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência, no próximo domingo, 21 de novembro. A celebração terá lugar pelas 11h00, no Centro Consolação e Vida, no Bairro do Zambujal, na Amadora, local onde chegou como seminarista, e onde tem estado em missão ao longo do último ano. Apenas uma semana depois da profissão perpétua, terá lugar a ordenação diaconal de Augusto, dia 28 de novembro, às 15h30, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
“Agradeço a Deus por tudo, por me ter acompanhado durante estes anos, porque sem Ele eu não chegaria aqui. Ele é que toma a iniciativa e chama cada um. Estou contente por ter aceitado este chamamento, por desafiar a minha própria vida. Não é fácil uma pessoa abraçar uma vida religiosa. Estou contente porque me sinto preparado. Estou feliz por chegar a este momento. Esta é uma entrega total ao instituto e à igreja. Eu estou a dar a toda a minha vida para a missão, com os Missionário da Consolata. O objetivo é servir. Colocar-se ao serviço dos outros. Tenho sempre na minha mente a disponibilidade. É uma alegria. Estou muito contente por fazer parte desta família”, disse Augusto.
O missionário é natural de Mecanhelas, Moçambique, onde conheceu os Missionários da Consolata. Apesar da distância, mantém o contacto com os seus pais, e os seus seis irmãos, quatro deles mais novos. Augusto deverá visitar a sua terra natal no próximo verão e, até lá, são as tecnologias que ajudam a superar as saudades. O missionário conta que todos os seus familiares “estão felizes” com a sua escolha.
O sonho de ser sacerdote começou a fazer parte dos pensamentos de Augusto depois do ensino secundário e, mais tarde, descobriu que “ser padre e missionário eram coisas que até podiam estar juntas”. Após a conclusão do 12.º ano deu entrada no Seminário Propedêutico de Nampula, e a sua formação levou-o depois até Maputo, Quénia e Itália. Este percurso obrigou também à aprendizagem de outros idiomas e ao contacto com culturas e costumes diversos.
“A primeira vez que saí da minha casa foi em 2011, e depois fui conhecendo novos rostos, culturas, uma nova realidade, uma língua diferente, o que contribuiu para o meu crescimento vocacional e humano. Chegar a cada novo lugar é como começar a aprender do zero, mas o contacto com outras realidades é uma experiência muito boa”, realça o missionário. Apesar da sua família estar distante, Augusto afirma que não se sente só. “As novas pessoas que encontro também são família. Por isso não me sinto isolado”, acrescentou.
Texto: Juliana Batista