José Brás ordenado diácono neste domingo,1 de Agosto de 2021
José Brás Tavares Moreira, missionário da Consolata, vai ser ordenado diácono este domingo. 1 de agosto, na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Normandia, na Diocese de Roraima, Brasil, numa celebração que tem inicio às 23h de Lisboa (18h no horário local).
José Brás nasceu em Pedra Badejo, Cabo Verde, em 1971. Oriundo de uma família muito católica, é filho de José e Amália, e tem cinco irmãos, dois deles já nascidos em Portugal, para onde se mudaram, em 1975, primeiro o pai e depois a mãe, com os filhos, em 1976.
Após alguns trabalhos e estudos, Zé Brás graduou-se em Física, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1999, trabalhou em seguida na área da informática na Embaixada de Cabo Verde, em Lisboa.
Ajudou como catequista na paróquia de São Jorge de Arroios-Lisboa, aos 16 anos, e mais tarde mudou-se para a área do Bairro do Zambujal, que pertencia à paróquia da Buraca, e começou a ajudar na animação musical das celebrações.
Conheceu os Missionários da Consolata (IMC) quando, em 2003, eles começaram a fazer trabalho pastoral missionário do Zambujal. “Foi aqui então que a minha vida começou a mudar”, escreveu recentemente, num depoimento sobre a sua caminhada vocacional.
“A maneira como os missionários e as missionárias da Consolata trabalhavam me cativou e me envolveu”, confessa. Com os Missionários da Consolata, “a comunidade do Zambujal desenvolveu-se muito bem nesse período, no qual, posso dizer, que me apaixonei pela missão. De fato, muito da minha vida já se tinha organizado ao redor das atividades da Consolata. De tal maneira que aí por fins de 2011 já me encontrava decidido a procurar uma possibilidade de fazer uma experiência missionária em alguma missão da Consolata. Nessa altura, ainda nem me passava pela cabeça que ainda o pudesse fazer como religioso. Foi só quando manifestei esse desejo que fui desafiado, pelos padres que me conheciam, a consagrar minha vida inteiramente para a missão. Já não acreditava que isso seria possível, mas depois de uns meses de discernimento fiz a opção de pedir para ser aceito no Instituto Missões Consolata, para seguir uma vida religiosa, consagrada para a missão”, conclui.
Pertencia ao quadro permanente do CENFIM – Centro de Formação da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, onde entre outras atividades de caráter mais organizativo, dava também aulas de Matemática, Física, Química e Ciência dos Materiais, quando, em fins de 2012 deixou a sua casa para passar a viver numa comunidade dos IMC.
Tendo sido aceito o seu pedido de iniciar o percurso vocacional com o IMC, Zé Brás começou uma longa caminhada, que passou por Águas Santas (Maia), o postulantado e os estudos filosóficos no Quénia, assim como o Noviciado. Foi destinado ao Brasil, para os estudos teológicos (no seminário Teológico João Batista Bísio), em São Paulo, ao mesmo tempo que desenvolvia atividade pastoral na paróquia de São Sebastião e Maria mãe de Deus, no Grajaú.
Após a Teologia, foi para Amazónia, para um período de serviço, estágio pastoral, e confirmação da sua vocação rumo à Profissão Perpétua (que fez no sábado, dia 24 de julho) e agora ao Diaconado, que será neste domingo, 1 de agosto, na Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, em Normandia, no Estado de Roraima, Brasil.
Nos sentimos todos unidos a ele, à Região IMC do Brasil, que um dia o acolheu e o acompanhou em boa parte desta caminhada, e, especialmente, à sua família e à sua comunidade do Bairro do Zambujal, Amadora, neste importante passo que o José Brás dá rumo ao sacerdócio e à missão.
Albino Brás
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