«Fátima Cento» termina com promessa de reencontro

O Fátima Cento decorreu em vários locais de Portugal, motivado pelo desejo dos jovens ligados aos Missionários e Missionárias da Consolata na Europa, oriundos da Polónia, Itália, Espanha e Portugal, de partilharem experiências de fé e de vida

A capela do Centro Consolação e Vida, no Bairro do Zambujal, na Amadora, acolheu a Eucaristia de encerramento do Fátima Cento, evento europeu de jovens missionários da Consolata. A Missa contou com a presença de quase uma dezena de padres do Instituto Missionário da Consolata (IMC) e foi presidida pelo padre Simão Pedro, coordenador nacional de Pastoral Juvenil e Animação Missionária neste instituto.

Na homilia, o celebrante partiu dos textos bíblicos da liturgia do domingo para desafiar todos os presentes, em particular os jovens: «Este tesouro precioso que é Jesus é o único que pode preencher o nosso coração. É preciso continuar a procurar este tesouro para que todos os nossos dias sejam sempre para Jesus».

«Nestes dias» – prosseguiu o presidente da celebração, voltando-se agora para a comunidade local – «junto com vocês, nós fomos comunidade; juntos pareciam mais uma família», confessou, para logo ser corrigido por um jovem do bairro, o Vítor Monteiro: «Pareciam sempre uma família», disse, secundado por um acenar afirmativo de muitos dos presentes.

Os últimos dias do programa deste encontro centrou-se neste bairro social às portas de Lisboa, ainda que a base do grupo estivesse na Quinta do Castelo, no Cacém. Foram dias em que os jovens ficaram especialmente tocados pelo trabalho junto das pessoas socialmente mais vulneráveis, sobretudo os idosos, e também pelo dinamismo da associação CAZA – parceira do Fátima Cento – junto dos jovens do bairro.

Numa celebração com a marca da juventude, sobretudo na música e nos cânticos, já em tempo de comunicações e despedidas ouviu-se por parte da organização e também dos jovens participantes referências elogiosas à comunidade que os acolheu, não apenas no dia da despedida, mas também nos dias anteriores. E, tendo em conta a complexidade de organização de um evento como este, havia mesmo muita gente e instituições a quem agradecer.

«Uma das mais belas coisas de ser missionário da Consolata é sentir-se sempre em casa onde quer que esteja», confessou o padre Nicholas Muthoka, um dos animadores que acompanhou os jovens vindos da Itália, e que tomava a palavra agora em nome dos animadores europeus ali presentes.

Agradecimento que se estendeu à comunidade do Zambujal – «nos sentimos muito bem aqui» -, e a todas as pessoas e lugares onde decorreu este evento, em Portugal. Já o padre Eugénio Butti, Superior Regional da Consolata em Portugal, e mentor do Fátima Cento, agradeceu especialmente ao padre Simão pela organização do mesmo. O padre Geoffrey, por sua vez, pediu um aplauso para a comunidade do Zambujal, pelo excelente acolhimento e aproveitou para pedir orações pela experiência missionária que ele vai realizar em Moçambique durante todo o mês de agosto (parte na tarde do mesmo dia em que termina o Fátima Ceno, para a Missão de Massangulo com seis jovens voluntários). O evento terminou com um almoço oferecido a todos pela comunidade do Zambujal.

Na noite de sábado, 29, após o sorteio das rifas do Fátima Cento, os jovens foram consultados sobre a perspetiva de um próximo encontro europeu para daqui a dois anos. O desejo é grande e, entre outras iniciativas em estudo, já está em perspetiva a possibilidade de uma peregrinação conjunta a Santiago de Compostela ou a um santuário mariano na Polónia.

O Fátima Cento decorreu em vários locais de Portugal entre os dias 23 e 30 de julho, motivado pelo desejo dos jovens ligados aos Missionários e Missionárias da Consolata na Europa, oriundos da Polónia, Itália, Espanha e Portugal, de partilharem experiências de fé e de vida. Assinalar o Centenário das Aparições de Fátima foi o motivo definitivo para avançar com a iniciativa já no verão deste ano.

Albino Brás