Espírito de família na festa da Consolata

Família Missionária da Consolata reuniu-se no Centro Missionário Padre Paulino, no Cacém, para celebrar o aniversário da fundação dos Institutos masculinos e femininos e reforçar a carisma do fundador

O tema da santidade e da caridade, da necessidade de estar com Deus para ser o seu rosto na comunidade, dominaram este domingo, 29 de janeiro, a celebração do aniversário da fundação dos Institutos dos Missionários e das Missionárias da Consolata, que se realizou na Quinta do Castelo – Centro Missionário Padre Paulino, no Cacém, concelho de Sintra.

«Nunca podemos ser santos, ser rosto de Jesus, se não estamos com ele e ligados a ele. A Igreja é de natureza missionária, mas não é constituída apenas pelos sacerdotes, também os leigos são Igreja. Todos fomos chamados por Deus para sermos santos na caridade», recordou Inácio Saure, bispo de Tete (Moçambique), na Eucaristia que presidiu e que foi concelebrada pelo bispo de Embu (Quénia), Paul Kariuki, e por vários sacerdotes da Consolata.

Nos agradecimentos à assembleia, o padre Eugénio Butti, Superior Provincial dos Missionários da Consolata em Portugal, realçou o orgulho que é pertencer a esta família, criada a partir de uma semente lançada pelo beato José Allamano: «Temos que manifestar gratidão por pertencermos a este projeto, que não é nosso, mas de Deus. Que entre nós reine sempre a caridade e o amor».

Após o almoço partilhado, foi dada a palavra ao padre João Batista Coelho, missionário com 53 anos de ordenação, a Geoffrey Menya, ordenado há cinco meses, ao seminarista Carlos Giraldo, e a Ana Isabel, dos Leigos Missionários da Consolata, que deram os seus testemunhos com base na experiência de vida religiosa e comunitária.

«Na Consolata encontrámos uma família que nunca tínhamos experimentado. Há uma identidade neste espírito e sentimo-nos acolhidos, como só acontece normalmente numa família. Não são laços de sangue, mas são laços de fé», afirmou Ana Isabel.

A encerrar as celebrações, foi inaugurada uma sala de homenagem ao padre Paulino Ferreira, que faleceu de acidente rodoviário da África do Sul, em 1999, mas deixou marcas de entrega e muita dedicação. «Era um homem de esperança, humano, amigo e sempre aberto à descoberta do novo», recordou o padre António Fernandes, um dos missionários que acompanhou o percurso do sacerdote.

Texto: F.P.
Foto: Ana Paula