Depois de meses de preparação, jovens portugueses partem para Boroma

O grupo vai fornecer a sua força de trabalho, mas também a sua dedicação e carinho. Estes jovens têm investido tempo e esforço na preparação desta missão. As suas atividades de angariação de fundos e de outros bens, assim como a preparação emocional e espiritual que têm procurado realizar, refletem a seriedade com que encaram este desafio

 

Texto: Simão Pedro

 

Um grupo de 13 voluntários Missionários da Consolata prepara-se para partir em missão para Boroma, na província de Tete, em Moçambique, tornando-se um exemplo inspirador de solidariedade e compromisso com
o desenvolvimento comunitário. A partir do dia 23 de julho, este grupo vai embarcar numa jornada de um mês para construir uma creche, e criar um ambiente seguro e educativo para as crianças locais. Os voluntários são oriundos de Fátima, Cercal, Porto de Mós, Mira de Aire e Albergaria dos Doze.

 

A iniciativa de partir em missão nasceu no seio do grupo de Escoteiros de Mira de Aire, e, lentamente, foi-se alastrando até formar um grupo muito variado. Desde outubro do ano passado, os voluntários têm-se reunido regularmente, realizando encontros quinzenais e outras atividades, para se prepararem a nível emocional e espiritual para a missão. O grupo realizou campanhas de angariação de fundos para garantir os recursos necessários para a construção da creche, e esteve também envolvido na angariação de roupas para crianças, brinquedos educativos, e materiais de desenho e de pintura. Está prevista a elaboração de pinturas pedagógicas e a criação de espaços recreativos para as crianças, assim como a dinamização de explicações em disciplinas como o inglês, português e matemática.

 

Os voluntários vão também apoiar o centro de saúde local, e o serviço de uma ambulância presta assistência em várias aldeias, no âmbito de uma iniciativa promovida por Pedro Pagac, um antigo jogador profissional de futebol, de nacionalidade eslovaca. Em lugares onde os cuidados médicos são escassos, estes jovens vão fazer uma diferença significativa ao oferecer ajuda essencial onde é mais necessária. O suporte à saúde revela-se também uma parte essencial da missão, o que demonstra a abrangência do compromisso dos voluntários com as necessidades da comunidade, especialmente em áreas onde o acesso à assistência médica é limitado.

 

O grupo vai fornecer a sua força de trabalho, mas também a sua dedicação e carinho. Estes jovens têm investido tempo e esforço na preparação desta missão. As suas atividades de angariação de fundos e de outros bens, assim como a preparação emocional e espiritual que têm procurado realizar, refletem a seriedade com que encaram este desafio. Eles entendem que a missão vai além da construção física da creche. Trata-se também de construir pontes de esperança, e promover a educação e o bem-estar entre as crianças e as famílias da região.

 

A missão em Boroma é um testemunho do poder da juventude unida por um propósito maior. A dedicação dos voluntários em transformar a vida dos mais pobres e desfavorecidos reflete um profundo compromisso com a solidariedade e o desenvolvimento comunitário. Esta missão promete levar mudanças significativas e duradouras para a comunidade de Boroma, proporcionando melhores condições de vida e educação para as crianças locais.

 

Um dos jovens voluntários faz um balanço positivo de todo o trabalho que tem sido levado a cabo. “A preparação que fiz até agora, assim como os restantes elementos do grupo, começou já no ano passado. Desde lá até cá, o esforço de todos tem sido muito grande, envolvendo uma preparação física e mental. Estou confiante de que vai ser uma experiência que vai mudar as nossas vidas e as daqueles que vamos encontrar, de forma positiva”, acredita Leonardo Gomes.  A experiência deste grupo pode ser acompanhada no Facebook e Instagram, através das páginas dos Escoteiros de Mira de Aire e Consolata Jovem.