«Jesus quer que sejamos seus discípulos»

Retiro em Fátima, promovido pelos Missionários da Consolata, convida participantes a refletir sobre a amizade como ponto de partida para a missão e elemento fundamental para valorizar quem nos rodeia

Realizou-se o segundo retiro organizado pelos Missionários da Consolata, centrado no tempo litúrgico da Quaresma. Assim, reuniram-se 13 pessoas em Fátima, oriundas de vários pontos do país, orientadas pelo padre Álvaro Pacheco, que atualmente trabalha em duas paróquias na Figueira da Foz, juntamente com os padres António Gaspar e José Marçal.

O retiro teve por base o tema «Vem e segue-me». Refletimos, como introdução, sobre o significado e importância de nos retirarmos. Do retiro fizeram parte certas questões, incluindo as seguintes: “Como estão as minhas prioridades? (Ver); recordar e reavaliar as nossas promessas e compromissos (Julgar); renovar os ideais do nosso batismo, de modo a renovarmos o nosso ser e atuar (Agir).

Dos momentos mais significativos destacamos as três reflexões propostas (batismo, projeto de Jesus para mim e a vocação missionária, que nasce na Eucaristia), seguidas de reflexão pessoal. Dos momentos de oração mais fortes destacam-se a Via-Sacra, as duas Eucaristias e a participação no terço na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas.

Algumas ideias que mais nos marcaram: “A oração deve-se tornar vida, e a minha vida tornar-se oração; é importante convertermo-nos, fazer uma inversão de marcha, retomando o nosso caminho em direção a Deus na pessoa do próximo; o retiro deve servir para aprimoramento do indivíduo e da sua relação com o sagrado e o seu irmão/irmã; sábio aos olhos de Deus  não é aquele que sabe muito, mas aquele que ama muito”.

Meditámos ainda sobre a nossa missão, que nasce do batismo, sendo desafiados a tornarmo-nos, como Cristo, onde devemos ser «reis» ao serviço do próximo; devemos ser também «profetas», falando de Deus e em Seu nome, sendo parte da sua mensagem; por último, devemos ser «sacerdotes», com um sacerdócio ao jeito de Jesus, oferecendo-nos de forma agradável a Deus, no altar da vida. Jesus quer que sejamos seus discípulos, amigos e missionários. Sendo que a amizade é o ponto de partida para a missão, valorizando em primeiro lugar a dimensão da amizade com as pessoas.

Tendo presente que Deus está sempre ao meu lado, que peregrina a meu lado ao longo da vida como nas «Pegadas na Areia», a nossa vocação passa pelo chamamento à felicidade, sendo felizes na medida em que fazemos felizes os outros, até porque a nossa vida só tem valor quando valorizamos a vida dos outros. Jesus deixa-nos em testamento a sua própria vida. E eu, estou decidido a segui-lo?

Rui André Azevedo Silva