Chá com Arte no Consolata Museu

(Last Updated On: 12/05/2021)

Pintor Roberto Chichorro no Chá com Arte

No passado dia 18 de maio, inserido nas comemorações do Dia Internacional dos Museus, e sob o tema proposto pelo ICOM “Museus e paisagens culturais”, o CONSOLATA MUSEU | Arte Sacra e Etnologia, com o apoio da sua Liga de Amigos, realizou mais um «CHÁ COM ARTE», convidando o conceituado pintor moçambicano ROBERTO CHICHORRO

Perante uma plateia atenta e em grande número, após a degustação de chá e biscoitos, num ambiente intimista, o pintor esteve à conversa, partilhando a sua infância em Lourenço Marques, Moçambique, onde vivia num bairro dos subúrbios. Na rua brincava e criava os seus próprios brinquedos, confessando ser uma pessoa tímida desde criança.

O gosto pelo desenho surgiu cedo, mas seguir a carreira artística foi sempre colocada para segundo plano, alertado pelo pai que esse caminho não traria futuro. Começou por trabalhar como desenhador de publicidade e arquitetura, fazendo também cenografias para espetáculos e ilustração de livros.

Depois de viver uns anos em Roma, em 1982 parte para Madrid como bolseiro do Governo Espanhol onde aprendeu cerâmica. Em 1986 vem para Portugal como bolseiro do governo português e aqui vive desde então. Tem realizado várias exposições coletivas e individuais, estando algumas das suas obras presentes em museus portugueses, nomeadamente no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa e Museu da Caixa Geral de Depósitos, bem como no Museu de Arte Moderna do Maputo (Moçambique) e Museu de Arte Contemporânea de Luanda (Angola).

As cores estão sempre presentes nos seus trabalhos, sendo uma marca africana. Também se recusa a pintar desgraças, privilegiando a alegria e os sonhos.

Teve uma formação católica, mas confessou estar afastado. No entanto respeita-a e frequenta por vezes a igreja para meditar.

A viver há 7 anos num local rural entre Ourém e Fátima, gosta de aqui viver e não tenciona regressar a Moçambique. O seu maior sonho é um dia a sua obra ir para o seu país natal, Moçambique.

 

Gonçalo Cardoso